Thursday, October 30, 2008

.....CAROLINA.....

Carolina conhece a zona portuária como ninguém.
Cada boteco sórdido, restaurantes chinfrins,
pensõezinhas molambos onde se dormia em
beliches ou redes, cada quarto de prostituição
onde se pagava a fracção de hora, e também
os becos onde se escondia da polícia.
Carolina, a loira, tinha naextensão daquele
porto uma história de 30 anos de prostituição
e já se deitara com mais de metade dos
trabalhadores das Docas, sem contar os marinheiros
e turistas. Dizem que o seu corpo é um mapa
emocional, onde há marcas e cicatrizes resultantes
das taras de cada louco a quem se dera.
A história essa está na boca de todos de
alternadeira, a mulher de presidente e agora
a alternar. Ela, por sua vez, também não é
santa e apronta das suas de vez em quando, e
conta o pessoal das docas que, certa vez, ela
castrou um bêbado.
È uma mulher fisicamente atraente e expressivamente
bonita. Tem uns 30 anos, cabeleira farta, dentes
níveos, seios insinuantes e muita sensualidade.
E apenas a pele um pouco desidratada pelo castigo
da vida que voltou a terl.
E um jornal da cidade, escreverá:

“AO ENTRAR DA PRIMAVERA, A FLOR DO LODO,
MORREU!”